quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Da luz à escuridão

A lâmpada já fazia barulho há tempos e dava indícios de que iria queimar. Dito e feito. Numa das tantas cheganças pela madrugada, ele foi surpreendido pelo estalo e o apagão que se seguiram.

Não hesitou em transformar a luminária do seu criado em uma fonte de luz provisória. Tratou de mirar o feixe para a parede branca: maior claridade.

Naquele momento foi que se recordou de como havia usado daquele recurso outrora. Numa dada situação totalmente diferente daquela posta. Em uma em que a penumbra é desejada e não um obstáculo.

Quantas reminiscências, meu leitor ...
Provavelmente você já as teve. Começa como uma reação em cadeia, na qual as coisas vão se sucedendo de uma forma alucinada e no mergulho de várias lembranças você é tragado. Por vezes, traído por esses "souvenirs" ou marcado pelos "feed-backs".

Pois bem, foi o caso. Havia muito tempo que ela não me aparecia tão nítida e lasciva. Foi somente fechar os olhos e deixar a escuridão tomar conta do quarto. A porta dos sonhos se abriu e me trouxe você; tão palpável, tão real...
Hesitei em acordar e findar com toda a recordação bem vinda, a vida continua e como um forte raio do sol de verão exige o seguir. Segui ... não menos saudoso de tuas mãos, no entanto, menos obscuro delas.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Nada digno de nossas saudades

Tudo lhe pareceu mais mesquinho do que quando partira (…) não viu nada que lhe parecesse digno de suas saudades. 
( Amor nos tempos do cólera )

Andradas, em época de Festa do Vinho, torna-se uma cidade diferente da habitual. Os seus filhos que estão espalhados por outras terras têm a oportunidade de retornarem e reviverem momentos que aqui viveram. Como um deles, entristeci-me ao constatar que a nossa cidade está tão mal tratada. Não há nenhuma referência de que o evento celebrá os imigrantes italianos que a fundaram. Parece que o mote do vinho é apenas um entre tantos outros para uma festa qualquer. O resgate cultural que víamos há algum tempo foi perdido. Perdeu-se o respeito pela história, pela origem da celebração. A “Terra do Vinho” nunca esteve tão escura, esburacada e suja. O descaso administrativo é gigante e necessita de urgente mobilização da população conscientizada.

O Pico do Gavião, outra de nossas referências, contrariando o jargão agora nos “é de direito, mas não de fato”. A transferência da sede do Clube do Pico do Gavião para Águas da Prata nos tirou culhão turístico. Não obstante, encerrou com um ciclo de cinco anos de aquecimento dos setores hoteleiro e comercial que se beneficiava do dinheiro dos turistas apreciadores do “melhor pico de voo livre do mundo”, segundo especialistas.

Caro leitor, não há como ficar inerte a tantos despropérios. Precisamos instigar, debater, questionar as (não) ações que a atual administração vem tomando.

Citemos alguns exemplos: o tão esperado parque ecológico, que já tinha a sua pedra fundamental desenrolada, foi totalmente negligenciado, abandonado e o dinheiro público já gasto naquela obra foi todo perdido. As obras do materno infantil já estão atrasadas e em fase primitiva. A merenda escolar voltou a ser biscoitos porque, segundo a divisão competente é mais nutritivo que o outrora arroz, feijão, carne e salada servidos. A secretaria de educação se move para negar transporte aos estudantes universitários enquanto o ônibus com a biblioteca móvel “não se move”, estacionado no pátio do almoxarifado. Talvez seja fruto do pouco apreço à leitura das atuais autoridades do município.

Contudo, não se pode negar a evolução em algumas áreas. A implementação das “novas lixeiras” importadas de Portugal em que se joga o lixo de um lado e ele cai do outro,; é um feito administrativo. Neste mesmo ensejo temos novas “aulas” de educação física para alunos da zona rural: “subir em árvore e atravessar rio”, logradas pelo chefe do competente órgão.

O governo que seria popular não parece tão afeito ao nome quando cobra entrada na Festa do Vinho que até 2008 foi de graça.

Como observador, só lamento por tamanha incompetência política que acaba por prejudicar todos os contribuintes andradenses. Você, morador andradense, que faça valer seu voto e exija uma administração que não subestime a sua inteligência e que confunde gerir o espaço público com aparelhá-lo e sucateá-lo.

domingo, 20 de junho de 2010

Por que você me lê?

Após muito tempo longe daqui, resolvi voltar. Revendo anotações no meu caderno, dei-me conta da quantidade de coisas que já acontecerem esse ano. Ele foi comprado exatamente no dia 4 de Janeiro de 2010 e parei para olhá-lo neste sábado de Junho. Nele estão desde exercícios em inglês, passando pelas aulas teóricas da faculdade e chegam em cartas para parentes, pessoas queridas que deixei de alguma forma. Rascunhos para o Sambuteco também estão lá, mas ainda quietos e mudos, esperando a hora de alguém dar-lhes voz.

Recentemente perguntei-me sobre o porquê de possuir um blog. Pensei seriamente em encerrar a conta e fechar essa "mesa de bar" aberta em 2008. Mas, como dessas coisas que não sabemos explicar, recebi uma mensagem de um amigo. Li que ele aguardava com ansiedade uma nova publicação. Inquieto, passei a repensar tal conduta. Na última vez que visitei a terrinha, colocando o papo em dia com os amigos de sempre, um deles me disse que indicara meu blog a um amigo e que esta terceira pessoa conseguia se ver em minhas letras.

Ora, novamente inquiri-me, quantos se dão ao trabalho de "destravar a fechadura"? Se você não vem com a chave para este blog, talvez fique somente no jardim da entrada.
Não importa o número de pessoas que se sentem satisfeitas com minhas delongas, se lhes trago alento, de alguma forma cumpri minha missão. Fidelizar você, simpático leitor, foge de minha alçada, mas se consigo, agradeço-lhe. Talvez seja uma maneira de não nos sentirmos tão sozinhos nesse mundão, que as vezes é tão mundinho.

Mudemos de assunto.

Copa do Mundo. Só tenho uma coisa a dizer: para quem assistiu a de 2006 na pacata Andradas, a de 2010 está sendo uma fúria de emoções. Como é gostoso ver todos naquele sentimento, aquele clima de que tudo vai dar certo no fim. E pode dar, porque não?

Fim de semestre: sensação de dever cumprido: é como tirar alguém do pé de seu ouvido, lembrando-lhe dioturnamente daquele trabalho, daquele texto, daquela prova ... Regozijo por ter conseguido superar.

Férias: realocar ideias, fazer planos, repensar para começar um segundo semestre. Sempre será assim, toda a jornada, temos que nos acostumar.

Férias 2: não sei se a terei de fato, tomara que não, tenho melhores planos para o ócio produtivo de Julho.

Férias 3: foram exatamente três férias de expectativa. Agora, ao que parece, serão tranquilas. Mas, não pense que o silêncio conforta. As vezes esconde, ou é apenas por não ter o que dizer.

Chega.

Já é tarde. Outro sábado que passo por aqui. Este, em especial, com a perda de Saramago e ao som de Radiohead é um pouco triste, longe do habitual. Amanhã, como o próprio mestre já escrevera "será mais um dia para alguns", para mim também, e que seja de alegria e vitória.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Nonsense

Desenvolvi uma certa repulsa a lugares fechados, quentes e cheios de pessoas se expremendo. Tal resolução que me foi imposta pelo cérebro, e que digo a você, claustrofóbico leitor, é a pior das imposições, aflora como uma onda negativa que percorre o corpo e paraliza. Por esses dias, retornando à vida paulistana, após certo tempo em terras mais frias, fui a uma casa na famosa rua Augusta. Na companhia de meus amigos e de uma multidão tresloucada, a primeira respirada dentro do recinto me foi como um basta. Qualquer ser humano racional daria meia volta e hesitaria em retornar. Eu sempre decido lutar contra mim mesmo. Outra resolução, esta mais consciente.

O tempo foi passando e as más pulsações foram se esvaindo, até sumirem. Não sei que tipo de mecanismo me faz tão refém de minhas próprias emoções. Mais do que isso: eu sou o refém e ao mesmo tempo consigo ser a persona que inviabiliza o sucesso desse "rapto".

Não queria escrever linhas tão medíocres como essas, mas como sempre, falta inspiração (mentira, só tenho medo de começar a externá-la de fato ).

Vou lembrar três coisas que me tem acompanhado dioturnamente.
Desculpe o desvario que se seguirá.

Vocês três fazem uma triangulação intermunicipal, interestadual e internacional. Não sei em que pé da vida as conheci. Talvez no melhor para quem está fora, num não tão bom para quem já não está tão perto e um tempo como todos os outros para você que está perto. Conheci a de lá, profundamente. A de lá longe, desconheci. A de cá é uma incógnita. Cada qual me cativou, seja pela beleza, seja pela inteligência ou seja pelos dois em você.

Penso pouco no perto.
Muito no longe.
A média das duas é a outra.

Queria poder ter um satélite para acompanhar passos, viagens, destinos, idas e vindas que se seguissem. Pra que, dirá você? Também não sei. Hoje há um certo prazer mórbido em seguir a vida dos outros minuto a minuto se possível. Talvez tenha entrado nessa onda de maneira mais incisiva. Ou então seja um resquício ...

A de lá longe não volta.
A de lá também não.
A de cá estará sempre por perto.

Quais serão seus nomes? Saudade? Amor? Tristeza? Solidão?
Ou terão minhas delongas nomes próprios? Propriedade física e existência material?

Faça o exercício no silêncio íntimo e plástico de alguma noite. Distancie e aproxime ao seu bel prazer, como numa maré. A primeira onda que te arrebatar, é dela que você deve tomar cuidado, as outras se formam no fundo do olhar, mostram-se perigosas, mas não chegam na linha de arrebentação, são inofensivas, ou efêmeras.

Permita-se fazer esse mergulho pessoal, mas cuidado para não voltar sem fôlego.

domingo, 28 de março de 2010

Das cheganças e idas

Não bastasse o cansaço destes dias, ontem, quando coloquei a cabeça no travesseiro eu me lembrei de seu cheiro.

Quando das tuas cheganças intempestuosas e difíceis para mim.
Do meu retorno de ansiedade e temor.

Chega a ser cômico, se não fosse trágico, a maneira terna como olho para a outra parte vazia da cama. Nunca está vazia. O meu vazio é encarnado por alguma reminiscência confortante, que me faz rir de mim mesmo e pegar no sono. Talvez eu dê valor nisso hoje, há tempos o vazio era quase um abismo entre mim e meu eu exposto frente a mim.

Ainda nesse rompante de lembranças, escutei seus barulhos noturnos.
Fiz meus olhos vislumbrarem tua imagem dormindo, tão serena.

Reorganizei os desvarios que se mostravam para mim.

... cá estou, atento leitor ...

não fique preocupado, querido amigo que lê.

Com um certo regozijo dei as costas para a parte vazia da cama e desviei meus lampejos para algo mais concreto e que mereça o meu apreço, diferente destas memórias.

O que seria mais concreto do que o amor? Possivelmente o amor na sua forma dada e não na sua forma platônica. Amor na forma de amigos e paixões, fazendo referência á antigas letras que já passaram por aqui.

É pra vocês que estão lendo que eu sigo a jornada. Já disse reiterada vezes para cada qual de vocês, o quão importantes são. Especifiquemos vocês: os meus companheiros de faculdade, meus conterrâneos andradenses, amizades que fiz no primeiro estágio, amigos de pensionato, na minha primeira viagem de fato, meus familiares.

Um grande amigo um dia me perguntou sobre o que eu achava ser o pior defeito em uma pessoa. Respondi-lhe que a ingratidão se mostrava como uma característica desprezível.

É por conta do medo de ser ingrato que lhes agradeço a toda oportunidade que me surge. Por mais enfadonho que isso possa parecer para vocês.

Voltemos à minha lembrança.

Depois de dar as costas e fechar os olhos para mais uma noite ao lado do vazio, eu, quase sussurrando, lamentei a sua ida. Não por mim, mas por você ...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Antecipando o que virá

Assento número 506. Quinta Avenida, esquina com a 42 na cidade de Nova York. Estou escrevendo esse texto dentro da Biblioteca Pública da Big Apple. Olho as pessoas ao meu redor; todos concentrados em seus laptops, certamente trabalham. Tenho Steeve ao meu lado; estudando: grande encontro entre a sua sobriedade, polidez e educação ante minha vivência latino-americana (entenda isso como quiser, sábio leitor).

Menos de um mês para eu voltar para o Brasil e já sinto uma necessidade absurda de voltar para esse lugar. Este específico lugar. Minha estada nos Estados Unidos é algo como o Carnaval no Brasil, tem que acabar em algum momento, apesar de todo o país querer continuar em festa.

Entenda, conterrâneo leitor, que o retorno denota uma porção de retornos. Não tenho medo de encará-los, mas uma preguiça incansável. Voltar à USP vai ser missão penosa. A faculdade de jornalismo é um antro de desapontamentos, decepções e fadiga. Obviamente não falo das pessoas, mas da maneira como a ECA se abateu: sem vida, repetitiva e mentirosa. Alguns fingem que estudam, outros fingem que ensinam e todos fazemos parte desse grande circo fadado à marmelada.

Voltarei para a família e amigos.
(Parágrafo dispensável e reticente)

Voltarei para a minha pátria: a língua portuguesa, citando Fernando Pessoa. Como é bom se comunicar fluentemente, sem pensar muito no que se diz: não cansar por falar. Vamos contar um causo: certa vez ajudei um japônes a encontrar a lavanderia do dormitório. O aventureiro nipônico não consegue pronunciar uma vírgula em inglês. Percebi nele uma vontade descomunal de dizer: "Muito obrigado, valeu mesmo!", mas nada saiu. Certas horas o interdito funciona para o receptor mas não satisfaz o emissor.

Se minha pátria é a língua portuguesa, também é o Brasil, de todos os problemas. Felicidade misturada a uma certa melancolia; em ver potencial e não ver vontade, em ver oportunidade e não ver predisposição.

Suiça, França, Alemanha, Espanha, Itália, República Dominicana, Coréia do Sul, Japão, Vietnã, Líbia, Arábia Saudita, Cazaquistão, Azerbaijão, Rússia, Israel, Argentina, Chile, Turquia: carrego um pouco de sua cultura comigo, muito bem enraizada em seus filhos.

Volto sim, com a certeza absoluta de estar mais maduro, mais confiante, mais humano. Entender que no fundo todo mundo e cabe entender todo "o mundo" não busca muito mais do que felicidade, bem estar e harmonia, cada qual vivendo à sua maneira, mas em paz. Aceitar as diferenças, mais do que um clichê, é uma lição de dignidade humana.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Bobagem

Definitivamente estou apaixonado.
Nova York tem proporcionado momentos impagaveis.

Uma conversa descompromissada numa esquina qualquer: aqui isso e cliche, e nao deixa de ser delicioso.

Um convite para um chocolate quente; aquecer os corpos.
Nao somente esquentar, talvez acalantar, dar sentido e vasao ao que nao se fala e absolutamente se faz.

Um compromisso para quando o retorno surgir. Pode ser que se desperte algo, a outra opcao nao me e interessante e, portanto, nao entra em minha delonga.

Para o leitor comum, talvez isso seja desconexo. Mas para voce, que nao e boba, isso pode vir a soar como um alinhamento de tudo que nos perseguiu.

Noite de fim para algumas almas brasileiras, noite sem fim para outras delas.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Primeiras Impressoes


A grande janela que me separa do frio de Nova York tem sido a ponte entre dois mundos totalmente diferentes. Por ela, eu consigo avistar toda Manhattan, o simbolo da opulencia, ostentacao, glamour, tudo no fim daquela ilha, por volta da rua 44 com a setima avenida, respira despudor e pretencao. Do outro lado da janela existe o Harlem, um bairro excluido desse desenvolvimento. Predios altissimos contra casas baixas e marcadas por um mesmismo governamental. Sao suspiros de vida diferentes, aspiracoes que sao separadas pelo Rio Hudson ou por uma grande avenida. E como se houvesse um abismo entre o paraiso capitalista e qualquer outro bairro. Poderia ser a Bela Vista, a Liberdade ... o que importa?


Essa e uma disparidade das quais mais me marcam nessa minha estada por aqui. A frieza dos norte-americanos ja era esperada e foi confirmada. Desde que cheguei, talvez tenha recebido dois abracos: obviamente nenhum deles veio da Europa ou da Asia. Brasileiros que sentem falta desse contato mais quente, isso mesmo, a proximidade dos corpos. Boas surpresas tambem me esperavam por aqui. Um argentino gente boa, talvez eu so achasse um exemplar fora desse pais arrogante. Um suico que ri de minhas piadas mal contadas em ingles. Uma sul-coreana apaixonada pelo Brasil... insisto nos suspiros de vida desta cidade.


Andar pela Times Square e uma experiencia antropologica. A brincadeira e adivinhar de qual pais sao as pessoas. Ingles e a lingua menos falada naquele lugar. Democraticamente todos olham a beleza dos paines, tiram fotos, divertem-se, passam frio e dao o tom da passada.


Deixar tudo para traz no Brasil foi dificil. Confesso. Pai, mae, irma: chorosos no ultimo chacoalhar dos bracos. Amigos: alguns paulistanos, alguns mineiros, mas todos brasileiros, acima de tudo, dispostos a me ouvir, agregar-me valor e me socorrer nos momentos de fraqueza, que em 2009 se somaram muitos. Toda uma cultura, um calor ... abrir mao parcialmente de tudo isso, quando tudo isso entra em ebulicao. Complexo. Amadurecimento.


O importante e olhar-me de maneira mais compenetrada, focada, decidida. Tenho plena conviccao, agora nesta jordana mais longinqua, de quem sao meus verdadeiros amigos, aqueles que se preocupam com o meu bem estar, com a minha saude. Os outros? Ah, provavelmente nao e voce, amigo leitor, se le este post e porque se importa de alguma forma comigo. Mas, se voce e um curioso, um afoito pela minha vida, um deverador de sonhos alheios, brinque com as minhas palavras. Faca delas o que achar conveniente, mas saiba que nao me sinto tocado pela sua opiniao, que e vaga, parcial, rasa e futil.


Queridos, continuarei colocando minhas impressoes neste blog durante todo o ano. Espero nao os ter cansado com tantas delongas. Com muito suor escrevo essas palavras num teclado norte-americano, sem acentos, espero que compreendam. Do mais, feliz ano novo para voces que entraram em 2010 com o espirito renovado. Anos pares sao melhores, eu tenho certeza disso. Para quem ficou em 2009, desculpe, nao ha nada que eu possa fazer. Seja mais homem ou mulher para suportar o fardo dos covardes.


Como eu amo o Brasil ...