quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Incoerência

As férias ainda não mostraram a sua faceta producente para mim. No momento ela ainda está mergulhada em boas doses de alcool e amigos. Essenciais, obviamente, mas não são a plenitude do que ela pode me proporcionar. Nesta última semana tentei, em vão, começar a ler alguns livros que separei. Vendo tal derrocada, resolvi assistir alguns filmes. Sim, filmes são menos entediantes que livros e, quando bons, conseguem despertar algum sentimento de tormento.

Amigos, falo de "A Lista de Shindler". Não se trata de estar melancólico, mas sim uma tentativa de rever os clássicos. Os bons filmes que não se encerram ao toque do power. Não me lembrava do quão horrorosas eram as cenas da película. São três horas recheadas de algo extraterrestre, alguma coisa que parece ter acontecido somente no cinema. Aquilo que vemos não foi realidade, não pode ter sido verdade. Ledo engano. Quando o televisor se torna colorido e vemos uma legião de idosos caminhando, sim, Spilberg nos mostra que a estupefação não é criação de nossas mentes. Foi criação da mente( ou não ) de monstros.

Não obstante, depois daquela sessão de terror, li o incrível blog de meu amigo Tulio Bucchioni, "Bastidores" em que ele criticava enfaticamente os ataques que Israel faz contra Gaza. Lembrei-me ainda de Clara Velasco, outra amiga que luta por conhecer melhor o Oriente Médio e discute com primazia tais mazelas.

Que mensagem os israelenses querem nos passar ? Será que a memória deles é tão curta assim ?
Alguém poderia me apontar alguma diferença entre o holocausto e esses ataques ?
Alguns falarão que é um disparate, que o holocausto matou cerca de 6 milhões de judeus e que os ataques à Gaza mataram, no máximo 400 pessoas.
A estes, assistam a última cena do filme que lhes descrevi. São vidas humanas, não importa se é uma pessoa ou um milhão, são histórias perdidas ...

Entristece-me neste fim de ano. Como a mente tacanha e fanática de tais homens pode produzir tanto estrago em vidas alheias. A humanidade se aproxima do ano 2009, será ?

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

2009

Comentários fúteis de um pseudo-jornalista embriagado:

2008 já faz parte da história. Foi um ano surpreendente, acima de tudo. Um ano de crescimento e amadurecimento. Acabou. Foi rápido.

Este ano novo que chega está carregado de esperanças, de que alguma coisa mude para melhor, em todos os sentidos possíveis.

Não posso deixar de ratificar aqui os meus votos a você, querido leitor, de sucesso, alegria, paz e acima de tudo muita saúde.
Os amores, esses virão.
O dinheiro, este vem e volta.
Que você aproveite cada dia, cada momento vivido, na simplicidade do dia-a-dia.
Seja bem vindo 2009.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Amigos e paixões

Venho dialogar com o quadrado branco novamente. Há tempos que eu não escrevo para a minha seleta gama de leitores. São poucos, porém refinadíssimos o que me faz ter atenção e apreço ao rabiscar pensamentos neste blog. Agora tenho somente um objetivo: agradecer.

Não posso deixar de falar que hoje, exatamente hoje uma "coisa" balançou minhas estruturas. Essa "coisa" atende por um nome, aliás, dois: Ana Paula. Essa "coisa" infelizmente mora bem longe do meu recanto mineiro, 1000km separam vidas que se cruzaram em algum momento para viverem algo, terem que viver algo. É, eu acredito nas coisas que "alguém" coloca no nosso caminho. Provações, provocações, algo do tipo: " Se liga!", "Olha o que você está fazendo!".

Eu não contive as lágrimas e confesso a você, caro leitor, elas ainda estão remoendo dentro de mim. Eu gostaria de estar feliz, por saber que ela também o estará, ao lado dos seus, da sua pequena sobrinha, que ela tanto ama... do seu pai ... da sua fantástica mãe, que não conheço, mas já admiro. Eu gostaria de estar, mas não estou. Há um "quê" de egoísmo nessa minha tristeza. O vazio está aqui, parece que o dia fica mais chato, sem você, Paulinha.

Nunca na minha vida eu contei as férias a partir do último dia. Regressivamente. Olhando o calendário de Fevereiro. Te olhando, sem pudor e sem limites. Contemplando a "coisa" que você fez brotar em mim. Não me agradeça por ter sido paciente. Tudo o que fiz, se fiz alguma coisa, foi porque você também merecia, querer te proporcionar alguma sensação que você desconhecia, ou já não sentia.

Aproveitando a situação, eu reitero a homenagem que fiz aos queridíssimos amigos. A turma de jornalismo noturno de 2008. Ela é qualquer coisa de misteriosa. Como pôde aquele "alguém" juntar tantas pessoas incríveis? Obra divinal e que consagra uma equipe vencedora. Vemo-nos como amigos, vêem-nos como amigos, sentimo-nos acolhidos. Não é porque levamos mais de 20 pessoas ao JUCA ou mais de 10 no BIFE, porque fomos em TODAS as festas ECAnas... porque inventamos uma modalidade nova de nos reunirmos, vulgo CAJU. Não só isso. Vocês são lindos porque reverberam inteligência, frescor, leveza de espírito. Os professores não se cansam de elogiar e dizer que se surpreenderam conosco. Eu me surpreendo dioturnamente com os papos ricos que nos envolvem. Pela qualidade das discussões, do humor fino ao escraxado. Enfim ...

Elogiar vocês não é tarefa que dignifica, é fácil. Só agradeço pela compania desse ano. Sem vocês o ano seria extremamente monótono, não sei como seria agora a continuidade dessa empreitada terrena sem vocês. O ano passou num relance do olhar. De olhos abertos, gentilmente eu digo a vocês: OBRIGADO!