O tempo foi passando e as más pulsações foram se esvaindo, até sumirem. Não sei que tipo de mecanismo me faz tão refém de minhas próprias emoções. Mais do que isso: eu sou o refém e ao mesmo tempo consigo ser a persona que inviabiliza o sucesso desse "rapto".
Não queria escrever linhas tão medíocres como essas, mas como sempre, falta inspiração (mentira, só tenho medo de começar a externá-la de fato ).
Vou lembrar três coisas que me tem acompanhado dioturnamente.
Desculpe o desvario que se seguirá.
Vocês três fazem uma triangulação intermunicipal, interestadual e internacional. Não sei em que pé da vida as conheci. Talvez no melhor para quem está fora, num não tão bom para quem já não está tão perto e um tempo como todos os outros para você que está perto. Conheci a de lá, profundamente. A de lá longe, desconheci. A de cá é uma incógnita. Cada qual me cativou, seja pela beleza, seja pela inteligência ou seja pelos dois em você.
Penso pouco no perto.
Muito no longe.
A média das duas é a outra.
Queria poder ter um satélite para acompanhar passos, viagens, destinos, idas e vindas que se seguissem. Pra que, dirá você? Também não sei. Hoje há um certo prazer mórbido em seguir a vida dos outros minuto a minuto se possível. Talvez tenha entrado nessa onda de maneira mais incisiva. Ou então seja um resquício ...
A de lá longe não volta.
A de lá também não.
A de cá estará sempre por perto.
Quais serão seus nomes? Saudade? Amor? Tristeza? Solidão?
Ou terão minhas delongas nomes próprios? Propriedade física e existência material?
Faça o exercício no silêncio íntimo e plástico de alguma noite. Distancie e aproxime ao seu bel prazer, como numa maré. A primeira onda que te arrebatar, é dela que você deve tomar cuidado, as outras se formam no fundo do olhar, mostram-se perigosas, mas não chegam na linha de arrebentação, são inofensivas, ou efêmeras.
Permita-se fazer esse mergulho pessoal, mas cuidado para não voltar sem fôlego.
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