terça-feira, 15 de setembro de 2009

Desconstrução

por seis mãos

"Faber", do latim, é construir. Talvez o nome Fabrício signifique um obreiro, um construtor. Mas o que ele constrói?

Ele pode usar sua capacidade de construir para o bem ou para o mal. Pode construir uma muralha da China, mas também pode construir um muro de Berlim.
O Fabrício que conhecemos, por natureza, e aí me utilizarei da psicologia de boteco, constrói barreiras. E isso não é necessariamente ruim. Ás vezes é fascinante.

Ah, mas o que são barreiras sem ninguém para guardá-las? De que serve uma muralha, um muro, ou cerca se não há por quem resistir? E se não há quem proteger? Porque existir?

Penso que as barreiras que ele levanta são feitas de algo diferente de concreto e tijolos. São barreiras que tem a sua essência na casa das idéias. Você pode entrar na sala, dar bom dia e ir embora. Se for um ser - humano mais "convidativo" saberá ir até a cozinha, trocar algumas frases e até conhecer o quarto. São poucos que chegam até lá. É o crivo do construtor. É a barreira seletiva dos que só chegam e dos que chegam lá!!!!!

Mas este caminho percorrido da sala ao quarto é a transposição de barreiras. Os indivíduos têm em seu peito barreiras que guardam seus segredos, suas preciosidades. Transpor essas barreiras, chegar ao fundo no conhecimento de alguém é receber um tesouro. Este construtor não seria, então, um desbravador a transpor barreiras?

Seria e o é. E deve ser por isso que você, cara leitora, está com ele. Para lhes transpor as barreiras e conhecer seus mais profundos segredos. E a recíproca dele é verdadeira também !!!

...

Mudos, calaram-se. A minha caneta terminou de falar por mim e se deu por satisfeita em transferir para o papel, e agora para a tela, algo que se reserva à esquina de cada um.

Nenhum comentário: