terça-feira, 25 de novembro de 2008

"Medo de amar"

Vire essa folha do livro e se esqueça de mim
Finja que o amor acabou e se esqueça de mim
Você não compreendeu que o ciúme é um mal de raiz
E que ter medo de amar não faz ninguém feliz

Agora vá sua vida como você quer
Porém, não se surpreenda se uma outra mulher
Nascer de mim, como do deserto uma flor
E compreender que o ciúme é o perfume do amor

Vinícius de Moraes



OBS: O vídeo do Chico Buarque cantando essa música é alguma coisa de sensacional, é só jogar no youtube! Vale a dica.

domingo, 16 de novembro de 2008

Sublime

Na escuridão do quarto tudo se transforma em silhuetas imperfeitas da realidade!
É impressionante o quão lânguidas ficam as imagens na penumbra do quarto, aceso de paixão!
Trocou de cor, ela, então de verde, passou para o azul. Ele acordou com o verde, mas vestira o azul. Mais uma banalidade da escuridão?
- Não!

Aquela foi a forma mais singela e inocente que tiveram de mostrar que ambos haviam se deleitado, deliciaram-se com todo o fogo que a penumbra do quarto aceso pode proporcionar.

O azul representa a calmaria, o bem estar; o verde representa a esperança! Trocaram-se os papéis e se assumiram outros. O outrora atormentado, tornou-se esperançoso e posteriormente lívido. A anterior relutante tornou-se suscetível e posteriormente validou o voto no futuro iminente.

Quantas mensagens retiram-se de um simples ato.
O verdadeiro caráter está no dia-a-dia das pequenas atitudes; as que não representam nada e as que dizem muito.

Finalmente ele agradeceu, reconheceu o bem que a "belle de jour" havia lhe feito.
Esperava as raízes e via a linda flor sumir pela escada...